Vamos Comer

Instalações tecnológicas reinterpretam os conceitos da Tropicália à luz da arte e da tecnologia na exposição Vamos Comer. Trata-se de uma homenagem aos 50 anos do movimento tropicalista, a partir de extensa pesquisa sobre as manifestações culturais da época em artes visuais, música, design e cinema, com livre interpretação dos artistas Barbara Castro e Luiz Ludwig, criadores do projeto.

Alguns eventos sinalizaram, em 1967, mudanças radicais na cultura brasileira: as canções “Domingo no Parque”, de Gilberto Gil, e “Alegria Alegria”, de Caetano Veloso, no III Festival de Música Popular Brasileira; o filme “Terra em Transe”, de Glauber Rocha; o design transgressor de Rogério Duarte em cartazes e capas de discos; e a instalação “Tropicália”, de Hélio Oiticica, são exemplos dessa virada.

A exposição se inicia com uma grande linha do tempo que contextualiza a Tropicália no Brasil dos anos 60 e 70, na forma de uma grande mesa, trazendo fotos, textos e objetos que remetem ao movimento. A esta introdução, um verdadeiro "banquete", seguem-se as instalações “Nova Objetividade” – com objetos vestíveis dotados de sensores de movimento que controlam a projeção de imagens sobre uma escultura –, “Por Que Não?” – em que, através da gravação de palmas e perguntas provocadoras, os visitantes criam uma música com software de mixagem, gerando diferentes sonoridades –, “Tropicaos” – onde são criados colagens e cartazes virtuais a partir da junção de estampas, grafismos e imagens na linguagem da Tropicália – e “Ideia na Cabeça” – ambiente de imersão do público na própria exposição, por meio de postagens nas redes sociais, em construção coletiva.

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